terça-feira, 28 de maio de 2013

Tudo é Vida




Adésio Alves Machado

A vida nunca cessou, não cessa e nem cessará em todos os departamentos deste Universo infinito onde ela se mostra soberana e bela. 
Aquilo a que denominamos morte poderíamos chamar de uma desagregação celular que, por sua vez, continua vivendo incessantemente, e isto por uma razão bem simples: cada célula componente de um grupo que empresta forma a este é energia, e esta não desaparece, mas prossegue com vida, e vida cada vez mais abundante, justamente pela certeza adquirida de que ela, morte, inexiste, é uma mentira. Os enciclopedistas, mais cedo ou mais tarde, haverão de colocar em seus dicionários o verdadeiro significado da morte: uma desorganização celular que dava forma a um grupo de células que se constituía num todo orgânico ou inorgânico. 
Olhando a morte com a visão espírita, que é justamente a visão do Espírito imortal, a morte já não se pode constituir num temor, num horror. É, sim, um fenômeno biológico natural que deve ser racionalizado pelo Espírito ergastulado à carne. 
As células componentes de um corpo somático, ao se desestruturarem no ser humano, não encontram mais condições de reter a energia que as comandava, que as mantinha unidas, grupadas. Falta-lhes vitalidade, que é usada pelo Espírito para comandar o corpo, apropriando-se dele. 
Tudo se altera para que aconteça o melhor, o aperfeiçoamento da forma, o seu progresso, a sua evolução. 
Viver, como vamos percebendo, é evoluir em todos os estágios sem cessar, até à angelitude, quando a energia espiritual, o Espírito, não mais necessita da forma para se expressar. Daí porque o ser real não é físico. Este é clausura temporária da energia eterna. 
Todos nós voltaremos às origens quando nos desprendermos do magnetismo e do vitalismo orgânico que engendra a forma física. 
Reagir à libertação pela morte do corpo carnal é apego insensato às licenças do prazer e às imposições das mais primárias das paixões. 
Somente o hedonista teme ou odeia a morte, porque para ele tudo se resume no agora, supondo que a vida seja esse breve estágio no frágil e breve período dos sentidos físicos. 
Fomos criados para a libertação plena, a qual vamos alcançando, paulatinamente, nas abençoadas experiências reencarnatórias que caracterizam a verdadeira Vida, a do Espírito. 
O homem terrenal ainda vive e sente apenas o corpo carnal, não se apercebendo das sensações tipicamente espirituais, oriundas da vivência da caridade, do amor ao próximo, da Natureza nas suas variadas manifestações. 
Como em realidade nada está morrendo, tudo vai experimentando incessante transformação, e o Espírito prossegue vivo quando da desarticulação da maquinaria física sob sua diretriz. 
As comunicações mediúnicas que nos chegam diariamente, ao serem percebidas na sua essência, vão deixando aos humanos a realidade da vida extra-física. 
Jesus veio mostrar a Vida estuante após se deixar crucificar sem um mínimo gesto de defesa ou justificativa para o que havia feito. Se confiamos Nele, mais ainda confiemos em Deus. Assim sendo, segundo as palavras do Incomparável Messias, renunciemos a nós mesmos, tomemos a nossa cruz e sigamo-lo. 
Procuremos, assim, conduzir-nos com equilíbrio em todos os momentos da existência terrena para que, no instante da morte, estejamos devidamente preparados para a sobrevivência plena que nos aguarda. 
Acalmando-nos, aguardemos o reencontro com os que nos antecederam na viagem de retorno ao mundo verdadeiro – o dos Espíritos. O ser amado vive e nos espera, com certeza. 
Caso façamos silêncio interior, ouvi-lo-emos com palavras dúlcidas de esperança e consolo para que prossigamos em nossos afazeres até o instante final da libertação. 
Se porventura algum temor nos acicata com ameaças a respeito da desencarnação, nada melhor e salutar do que recordarmos de que diariamente vivemos uma forma de morte quando adormecemos.
“Ama os que morreram, mas vivem, preparando-te, por tua vez, para viveres depois que morras”- diz Joanna de Ângelis.
Vivamos, pois, felizes, amando a vida, o que fazemos, e esperemos, sem temor algum, o momento fatal da nossa desencarnação, confortando-nos com os conhecimentos oferecidos pelo Espiritismo.


Artigo Publicado em O Espírita Fluminense, edição de Julho/Agosto de 2005 e reproduzido com autorização do autor.






sábado, 25 de maio de 2013

TERAPIA DE REFLEXOLOGIA GRATUITO



REFLEXOLOGIA
Tratamento imediado sem consulta e gratuito
Somente às terças-feiras, a partir das 19:30h.


com RONALDO OLIVEIROS
(Reflexologista, Escritor e Palestrante Espírita)


no CENTRO ESPÍRITA IRMÃ NICE
Rua João Vieira Prioste, 76 - Vila Carrão - São Paulo - SP

Informações:  (011) 2296-3462
ou
facebook.com/ronaldo.oliveiros
roliveiros@bol.com.br

"A reflexologia é uma terapia complementar que utiliza a massagem metódica, por pressão, nos terminais nervosos localizados em pontos específicos dos pés e das mãos, baseando-se na anatomia e fisiologia humana!"







quinta-feira, 16 de maio de 2013

CASA DO CRISTO REDENTOR


Amigos,
 
Conheça a CASA DO CRISTO REDENTOR, uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que tem por objetivo abrigar, acolher, educar e promover o bem estar de crianças, adolescentes e famílias em situações de vulnerabilidade e risco social.
 
Instalada no bairro de Itaquera, em terreno com 170 mil metros quadrados, atendendo cerca de 600 crianças e 290 famílias.
 
- Mais de 50 anos de experiência;
- Diretoria voluntária e atuante na comunidade;
- Reconhecimento municipal, estadual e federal.



ATIVIDADES DA CASA:

CRIANDO ASAS
Núcleo de apoio à inclusão de crianças de 0 à 6 anos, com necessidades especiais.

CASA VOVÓ MATILDE
Acolhe atualmente 21 crianças de 0 à 18 anos.

CASA VOVÔ NELSON
Acolhe atualmente 21 crianças de 0 à 18 anos.

CASA VOVÓ CECÍLIA
Acolhe atualmente 21 crianças de 0 à 18 anos.

REPÚBLICAS
Acolhimento e moradia a grupos de jovens em situação de vulnerabilidade, risco pessoal e social com o objetivo de prepará-los para o seu desenvolvimento psicossocial e auto-sustentação.

CRECHE
Atende crianças de 1 à 3 anos, oferecendo recursos como: Maternal e Jardim.

PROJETO PORTAS PARA O FUTURO
Este projeto é uma parceria Casa do Cristo e Tese Educacional. Desenvolvido com o objetivo de auxiliar na capacitação de jovens e adolescentes para ingressarem no ensino superior.

PÓLO CULTURAL
Com a Bibliocristo, Sala de Música e Teatro.

CAPACITAÇÃO INICIAL E CONTINUADA PARA O TRABALHO
Cursos profissionalizantes dados por professores voluntários

REFEITÓRIO / EVENTOS
Refeitório amplo e equipado. Funciona com a Equipe de funcionários e voluntários.

BAZAR
Venda de produtos doados (novos, semi-novos e usados em bom estado).

CCA (CENTRO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE)
Atende crianças e adolescentes (6 a 15 anos), oferecendo espaço de estar e convívio.

FEITO A MÃO
Produtos artesanais confeccionados por voluntários.

CCRRECICLA
Integra a orientação sobre questões ambientais e a geração de renda.

PÃO E AMOR
Arrecadação de alimentos nos supermercados da região.

AMPLO ESPAÇO VERDE
Cenário verde distribuído em 170 mil metros quadrados, que recebe a manutenção de funcionários e voluntários CCR (Bosque, Alameda dos Ypês, Horta e muito mais).

290 FAMÍLIAS ASSISTIDAS
Entrega de cestas básicas. Acompanhamento a Gestantes.



DE QUE FORMA VOCÊ PODE AJUDAR ?

DEPÓSITO EM CONTA
Banco Santander - Ag. 0670 - Itaquera - C/C. 13.000.851-7
Bradesco - Ag. 101 - C/C. 75624-5
Caixa Econômica - Ag. 2873 - C/C. 003-167-5

ADOTANDO UM PROJETO
Contribuindo mensalmente com os projetos e atividades da CCR. Acesse nosso site (ainda em construção - estará em funcionamento em breve), clique no link DOAÇÃO, faça seu cadastro e enviaremos o boleto bancário para seu endereço.

DOANDO OBJETOS
Doações de roupas, calçados, brinquedos, móveis e produtos de materiais recicláveis (plástico, papel, ferro e alumínio), que podem ser entregues pessoalmente na CCR das 8 às 17hs ou agendando a retirada.

ADQUIRINDO NOSSO PRODUTOS
Adquirindo os produtos CCR feitos à mão, que são peças artesanais confeccionadas por voluntários da CCR. Os valores resultantes da venda desses produtos, são destinados à manutenção das atividades da instituição.

ATRAVÉS DO FUMCAD
Doações feitas diretamente no site do FUMCAD (Fundo Municipal da Criança e do Adolescente). Acesse: fumcad.prefeitura.sp.gov.br e escolha um dos projetos da CCR para contribuir.

EVENTOS
Participando de nosso eventos (sempre divulgados no site e na própria instituição).

SENDO UM VOLUNTÁRIO
Atuando como voluntário nas diversas atividades que a instituição realiza.

VOLUNTARIADO CORPORATIVO
Por meio do Voluntariado Corporativo, em que as empresas interessadas em agregar responsabilidade social à sua estrutura e imagem, disponibilizam seus funcionários para compartilhar conhecimento técnico ou mão-de-obra voluntária com a instituição.



CASA DO CRISTO REDENTOR
Rua Agrimensor Sugaya, 986 - Itaquera
CEP 08260-030 - São Paulo - SP
Tel.: 2523-6222 - www.casadocristoredentor.org.br









quarta-feira, 15 de maio de 2013

A Evolução do Espírito e Sua Imortalidade

 


O homem caminha em seu destino universal trazendo para cada vida física, bagagens adquiridas ao longo de várias existências por que passou na Terra. Em algumas vidas ele transcende e consegue completar o entendimento sobre sua experiência e relação com o meio em que viveu, aceitando o que o envolve e o fez participar da vida física, cultural, emocional e psicológica, onde entende as ferramentas que o auxiliaram ao aprimoramento. Num contínuo exercício de primar por sua evolução, sente as fontes espirituais que acasalam seu espírito á matéria e ao fluxo de energias que correspondem ao seu desenvolvimento, dentro das esferas da própria vida material. Um entendimento que não seria possível se somente se compusesse pela racionalidade.

Aprende a integrar-se a partir do seu espírito eterno, à sua energia física e ao Universo Divino. Mas há também existências onde homem pode afundar, aumentando a distância entre seu ser integral e a vida de crescimento, pois perde-se em seus apegos ao mundo material. Deixa de sentir a conexão que existe entre ele e o mundo espiritual superior, o que acaba por resultar numa vida medíocre, envolto em confusões, depressões e desajustes a realidade. 

Perde-se de si mesmo e passa a viver sob o comando do seu ego, que o leva a viver uma vida ausente de energias sutis e colaboradoras para a expansão de sua essência divina. Instala-se através de sua consciência um auto-comprometimento para outros tempos, outras vidas: buscar em si mesmo, sua inteireza, seu equilíbrio, sua união sem dissoluções. Seus quatro corpos, o mental, o emocional, o físico e o espiritual estarão acionados para reaver a experiência mal compreendida e portanto mal sucedida.

O cérebro é o navio, o pensamento é o comandante do navio! Ele pode ir a que direção for, levar o tempo que for, porém não perde seu objetivo nem o comando.
Todavia aquele que se observa e se sente em constante intercâmbio mental com as frustrações e fracassos, decerto carrega consigo, além das bagagens psico-sociais, cargas pesadas em suas estruturas psico-espirituais. Teias que se envolvem ao presente, fabricadas em uma ou mais vidas passadas. Marcas profundas e arraigadas que não puderam ser resgatadas sobre outro enfoque, o que não permite no presente, uma consciência cósmica mais aberta, madura e evoluída. Não sabendo como enfrentar as causas que o tornam dissociado, anda pela vida, dentro de condutas de pensamentos frágeis e inadequados. Não pode também relacionar sua compreensão às forças inteligentes, criadoras de resultados pacíficos e saudáveis com o fim de atingir o domínio da vida. Essa mente joga sua nave contra os rochedos!

Quando o homem começa a se observar, pode perceber a dinâmica de sustentação emocional, psíquica, física e espiritual que, como base, se fixa em propósitos harmoniosos nascidos em suas fontes internas, entendendo que tudo que rege sua vida, está ligado aos ditames de leis do universo. Que pode sentir-se bem dentro de toda a dinâmica inteligente e superior e dela fazer seu movimento e conquistas evolutivas na Terra. Pode aceitar com sabedoria os reveses da vida que acontecem a todos indistintamente. 

Digamos que a vida é como um jogo de xadres: você joga, a natureza avança. Se você não jogar perde a vez! Só a natureza ganha! Quando se provoca o pensamento numa sintonia natural, um nível de consciência mais elevada ajusta a recepção da intuição em seus sentimentos, o que abre e encaminha o homem para um sentido claro, acertado e de profunda sabedoria. Torna-se seguro das fontes de instruções ditadas pela natureza interna, pelo seu destino escrito e enredado pelo seu próprio ser divino e pode passar pelo crivo, onde a compreensão lhe dirige para os campos férteis de sua própria senda. 

Diz um autor desconhecido:
No campo do mundo tu és um semeador. Não podes fugir às responsabilidades de semear. Não digas que o solo é áspero, que chove amiúde, que o sol queima ou que a semente não serve. Não é tua função julgar a terra e o tempo, tua missão é semear"!


(Publicado na comunidade do Facebook "O Consolador Prometido' de Balbino Amaral).




terça-feira, 14 de maio de 2013

Definição e Origem da PSICOGRAFIA

 


A psicografia é a técnica utilizada pelos médiuns para escreverem um texto sob a influência de um Espírito desencarnado. Todos nós sabemos que no tempo em que Allan Kardec teve contacto com as manifestações espíritas, o meio utilizado para a comunicação entre os dois planos eram as mesas girantes. Esse mecanismo constituía-se de uma pequena mesa de três pés, sobre a qual se colocavam as pontas dos dedos de duas ou mais pessoas. Sob o efeito de um agente até então desconhecido, influenciado pela ação energética dos manipuladores, a mesa saltitava dando pancadas no pavimento. Por meio dessas batidas convencionou-se um alfabeto e foi possível obter as primeiras mensagens entre o mundo invisível e o visível.
Algum tempo depois, a imaginação dos adeptos dessa metodologia criou outros mecanismos que facilitavam a comunicação dos Espíritos através dos médiuns. Entre eles destacavam-se a cesta pião, a mesa miniatura, as pranchetas e a cesta de bico.
A escrita obtida por esses instrumentos primários foi chamada mais tarde de "psicografia indireta". Após a fase primitiva, alguns experimentadores tiveram a ideia de substituir as cestinhas pela mão do próprio médium, o que deu origem à "psicografia direta" ou "psicografia manual", utilizada até os dias de hoje.
O valor da Psicografia
"De todos os meios de comunicação, a escrita manual é o mais simples, mais cômodo e, sobretudo, mais completo. Para ele devem tender todos os esforços, porquanto permite que se estabeleçam com os Espíritos, relações tão continuadas e regulares, como as que existem entre nós. Com tanto mais afinco deve ser empregado, quanto é por ele que os Espíritos revelam melhor a sua natureza e o grau do seu aperfeiçoamento, ou da sua inferioridade. Pela facilidade que encontram em exprimir-se por esse meio, eles nos revelam os seus mais íntimos pensamentos e nos facultam a julgá-los e apreciar-lhes o valor. Para o médium, a faculdade de escrever é, além disso, a mais suscetível de desenvolver-se pelo exercício.
" (LM, item 178).
Por conta da importância das mensagens escritas, Allan Kardec afirma no, O Livro dos Médiuns, que todos os esforços devem ser feitos no sentido de desenvolvê-la. Além disso, trata-se da mediunidade mais fácil de ser desenvolvida, pois que o seu mecanismo de sintonia é facilitado pelo automatismo proveniente do processo de escrita.
Quando uma pessoa escreve, a mente consciente busca as ideias no inconsciente, para ordená-las no fluxo criativo. Como a influência espiritual se dá na camada inconsciente, isso facilita a sintonia com o Espírito comunicante. Quando se trata de dar vida lógica e racional a um texto, é muito mais confortável escrever do que falar. Por este motivo, os homens de destaque neste mundo preferem fazer seus discursos públicos por escrito.
A mensagem escrita tem maior valor do que a falada, pois ela pode ter o seu conteúdo examinado de modo mais abrangente. Por ela é possível sondar a intimidade dos pensamentos da entidade que se comunica, dando a eles um justo valor pelo conteúdo que encerram.
Os médiuns psicógrafos podem ser "Mecânicos", os "Intuitivos", os "Semi-mecânicos" e os "Inspirados".
Os médiuns mecânicos se caracterizam pelo facto de movimentar as mãos escrevendo sob a influência direta dos Espíritos, sem interferência da própria vontade. Agem como máquinas a transmitir do invisível para o mundo material. São raros. No Brasil, destaca-se o trabalho de Francisco Cândido Xavier, em Uberaba, MG.
"Quando o Espírito age diretamente sobre a mão, dá-lhe uma impulsão completamente independente da vontade do médium. Ela avança sem interrupção e contra a vontade do médium, enquanto o Espírito tiver alguma coisa a dizer, e para quando ele o disser. O que caracteriza o fenómeno, nesta circunstância é que o médium não tem a menor consciência do que escreve. A inconsciência absoluta, nesse caso, caracteriza os que chamamos de médiuns passivos ou mecânicos. Esta faculdade é tanto mais valiosa quanto não pode deixar a menor dúvida sobre a independência do pensamento daquele que escreve" (LM, item 179)
Os médiuns intuitivos recebem as mensagens dos Espíritos desencarnados por meio da sintonia psíquica direta entre a sua mente e a do comunicante. Eles precisam de compreender o pensamento sugerido, assimilá-lo, para depois transmiti-lo revestido com as suas próprias ideias. São muito comuns.
"O papel do médium mecânico é o de uma máquina; o médium intuitivo age como um intérprete. Para transmitir o pensamento, ele precisa compreendê-lo, de certa maneira assimilá-lo, a fim de traduzi-lo fielmente. Esse pensamento, portanto, não é dele: nada mais faz do que passar através do seu cérebro. É exatamente esse o papel do médium intuitivo" (LM, item 180).
Os médiuns Semi-mecânicos são aqueles que sentem a mão a ser movimentada, mas ao mesmo tempo têm consciência do que escrevem. No primeiro caso, o pensamento vêm após a escrita; no segundo, antes da escrita, e no terceiro, junto com ela. Os médiuns semi-mecânicos são os mais numerosos.
"No médium puramente mecânico o movimento da mão é independente da vontade. No médium intuitivo, o movimento é voluntário e facultativo. O médium semi-mecânico participa das duas condições. Sente a mão impulsionada, sem que seja pela vontade, mas ao mesmo tempo tem consciência do que escreve, à medida que as palavras se formam. No primeiro, o pensamento aparece após a escrita. No segundo, antes da escrita; no terceiro. Ao mesmo tempo. Estes últimos médiuns são os mais numerosos" (LM, item 181).
A última variedade de médiuns é a dos inspirados. O Livro dos Médiuns informa-nos que esse tipo de médium é uma variação dos médiuns intuitivos, com a diferença de que nos inspirados é muito mais difícil distinguirmos o pensamento do Espírito, daquele que é do médium. A mediunidade inspirada é proveniente da mediunidade generalizada ou natural, que todas as pessoas possuem com maior ou menor grau.
"Todos os que recebem, no seu estado normal ou de êxtase, comunicações mentais estranhas às suas ideias, sem serem, como estas, preconcebidas, podem ser considerados médiuns inspirados. Trata-se de uma variedade intuitiva, com a diferença de que a intervenção de uma potência oculta é bem menos sensível sendo mais difícil de distinguir no inspirado o pensamento próprio do que foi sugerido. O que caracteriza este último é sobretudo a espontaneidade. (5)
Recebemos a inspiração dos Espíritos que nos influenciam para o bem ou para o mal. Mas ela é principalmente a ajuda dos que desejam o nosso bem, e cujos conselhos rejeitamos com muita frequência. Aplica-se a todas as circunstâncias da vida, nas resoluções que devemos tomar" (LM, item 182).
Como descobrir se é médium psicógrafo?
Não há nenhum meio de diagnosticarmos a faculdade mediúnica a não ser o experimentar. Algumas pessoas confundem certos movimentos involuntários de braços e mãos, provocados por Espíritos obsessores, como sendo indícios de mediunidade de psicografia, o que têm levado algumas delas a sofrer graves deceções, escrevendo obras, como sendo verdadeiras.
A melhor maneira de sabermos se uma pessoa tem ou não capacidade para escrever sob a influência ostensiva dos Espíritos é submetê-la à experiência.
Antes, porém, de iniciarmos alguém no exercício da psicografia ou de qualquer outra mediunidade, convém que ele seja colocado no curso básico de iniciação espírita. É importante que o candidato a médium já tenha noções fundamentais acerca do que é o Espiritismo. Muitas pessoas, acostumam-se em demasia à mediunidade de psicofonia. Talvez o motivo disso esteja ligado ao natural comodismo que estas atividades mediúnicas oferecem. Entre nós não existe o salutar e necessário hábito de avaliar as comunicações, conforme instruía Kardec. Os Espíritos manifestam-se e quase sempre não portam qualquer mensagem de significativo conteúdo filosófico ou doutrinário.
Comunicam-se, às vezes, simplesmente para dizer: "Boa noite. Estou aqui para trazer paz e conforto!". Este tipo de mensagem se repete por sessões seguidas, sem que o Espírito comunicante apresente qualquer ideia mais elevada. Mas as pessoas se habituaram a isso e continuaram batendo na mesma tecla durante anos. É cômodo e dá a impressão de que o médium está a participar no trabalho mediúnico, quando na verdade não está a produzir nada de útil. Allan Kardec recomendou que se desse, preferência ao desenvolvimento da psicografia, mas infelizmente não foi ouvido.
Como começar, Parte 01
Não há qualquer mistério para se dar início ao trabalho de psicografia. Basta que se pegue num lápis e se coloque na posição de escrever. De preferência, que este trabalho seja desenvolvido no centro espírita onde a pessoa frequenta. O ambiente residencial nem sempre oferece as condições de recolhimento suficientes para esse tipo de trabalho. Essas atividades mediúnicas devem ter uma regularidade, pois de outro modo não haverá o processo de aprendizagem, seguido do aperfeiçoamento.
A seguir, vamos comentar algumas recomendações do Codificador, quanto ao exercício da psicografia, que precisam ser observadas pelos grupos mediúnicos, mormente quando estão a iniciar-se.
Em primeiro lugar, é preciso se desembaraçar de tudo o que se constitua em impedimento para a movimentação das mãos. A ponta do lápis deve manter-se apoiada no papel, mas sem oferecer resistência aos movimentos. Mesmo a mão não se deve apoiar inteiramente no papel. Para a escrita mediúnica é indiferente que se use caneta ou lápis, sendo a escolha livre.
Kardec recomenda que no início da aprendizagem, seja realizado diariamente. Porém, como temos hoje uma vida muito atribulada, convém que a frequência seja diminuída para um período de uma a duas vezes na semana.
O tempo de tentativa para se obter a escrita mediúnica psicográfica não deverá ultrapassar seis meses. Depois dessa fase de experiencias, se a pessoa nada conseguir, ou se as mensagens vindas através dela não apresentar utilidade maior, convém abandonar o exercício da escrita e dedicar-se a outras tarefas na casa espírita.
Que a prece de abertura seja sempre feita em nome do Pai e dos bons Espíritos. É bom que o médium em exercício comece o seu trabalho dessa forma: "Rogo ao Pai todo-poderoso permita a um bom Espírito vir comunicar-se connosco, transmitindo-nos os seus pensamentos. Rogo também ao meu guia espiritual que me assista e que afaste de mim os Espíritos mal-intencionados".
A partir desse momento, aguarda-se que um Espírito se manifeste. Nos médiuns intuitivos, surgem ideias bruscamente, que podem ser passadas para o papel com facilidade. Nos semi-mecânicos, observa-se alguns pequenos movimentos involuntários das mãos, acompanhados ou não das ideias a serem transcritas. Há casos em que o Espírito desenha rabiscos sem sentido, ou escrevem palavras sem qualquer significado porém, tais coisas costumam cessar com o desenvolvimento progressivo da faculdade. Com o tempo, aparecerão escritos mais consistentes e que poderão ser analisados dentro da lógica e do bom senso.
Quando formular as primeiras perguntas aos Espíritos, que elas sejam feitas de forma simples, de modo que a entidade comunicante possa respondê-las com um Sim ou Não. É importante que as perguntas sejam objetivas e respeitosas, demonstrando carinho ao Espírito que vem cuidar do exercício da faculdade. À medida que progride a mediunidade, as respostas serão mais objetivas e completas. Porém, sugere-se que esta prática seja feita depois de um certo tempo de treino, com cautela para que não seja uma porta aberta aos Espíritos brincalhões. A reunião mediúnica de psicografia deverá ter o recolhimento necessário, atendendo todas as normas para o exercício da psicofonia, no que diz respeito à admissão de médiuns para esta característica.
Normalmente, entre dez pessoas, três escrevem facilmente sob a influência espiritual. O desenvolvimento em grupo é muito mais rápido do que o individual. Isso acontece porque a corrente magnética formada pelos médiuns facilita as atividades mediúnicas e oferece aos Espíritos comunicantes uma grande variedade de elementos, apropriados ao sucesso do intento.
O iniciante deve ser informado que desenvolva o texto como uma espécie de redação sobre um assunto que julgar útil e que lhe surja na mente naquele momento. Que ele não se preocupe tanto com a forma, nem com o que está a escrever. O conteúdo dos trabalhos será examinado e revisado mais tarde pelo médium e pelo responsável da sessão.
A publicação de mensagens precisa de cuidados extras. Só se publicará textos, seja em forma de mensagens ou livros, quando eles forem considerados idôneos e úteis às pessoas em geral. A ortografia deverá ser corrigida, de modo que fique inteligível, cuidando-se, no entanto, para que não sejam modificados os pensamentos do Espírito.
É importante recordar que na fase primária de exercícios, os Espíritos comunicantes são de uma ordem menos elevada. Portanto, não se deve pedir aos espíritos que deem qualquer tipo de informação que não esteja a seu alcance. Todo Espírito que nas comunicações de iniciantes se apresente com nome venerado é de origem suspeita. O capítulo XVII de O Livro dos Médiuns deverá ser estudado minuciosamente para se evitar o domínio dos maus Espíritos nas sessões de iniciação.
É importante observar que todo aquele que inicia a sua aprendizagem de escrita com o preconcebido conceito de que tem uma missão nessa área ou então de que os Espíritos vão controlar a sua mão para escrever, terá grande possibilidade de ter a sua tarefa fracassada, quer seja pela não evolução do processo, quer seja pela contaminação de Espíritos maus e mentirosos. Os bons Espíritos agirão no campo mental do médium e levarão em conta a sua boa disposição em servir, aliada à sua condição de moralidade. Dedicação, sinceridade, humildade, altruísmo e acima de tudo amor ao trabalho pelo próximo.
Como começar, Parte 02
Nos casos de mediunidade semi-mecânico ou intuitiva, o médium tem consciência do que escreve. A princípio, é levado naturalmente a duvidar da sua faculdade. Não sabe se a escrita é dele ou do Espírito que se comunica. Mas ele não deve absolutamente inquietar-se com isso e deve prosseguir, apesar da dúvida. Observando os seus escritos, vai notar que muitas ideias que estão neles, não são suas. Com o tempo, ganhará confiança e a mediunidade triunfará.
Nas primeiras sessões, quando o médium hesitar frente a um pensamento, sem saber se é dele ou do Espírito, ele deverá escrevê-lo. A experiência mais tarde lhe ensinará a fazer a distinção. Há situações em que é desnecessário saber se o pensamento é do médium ou do Espírito. Desde que produza boas obras, é o que importa, deve agradecer ao seu guia, que lhe sugerirá outras ideias.
Os médiuns novos, durante a sua fase de aprendizagem, não podem dispensar a assistência de dirigentes ou médiuns mais experientes. Espíritos inferiores costumam armar ciladas para prejudicar o desenvolvimento das faculdades mediúnicas dos interessados. Um médium presunçoso não demorará muito a ser enganado por entidades mentirosas que, no começo do exercício mediúnico, costumam ficar à sua volta.
Uma vez desenvolvida a faculdade mediúnica, aconselha-se que o médium não abuse dela. Que discipline o seu trabalho e que ele seja sustentado pela ação no serviço ao próximo, pelo estudo, pela meditação e por preces constantes, (meio de elevar o seu sistema vibratório). A psicografia, assim como outras formas de prática mediúnica, deve ser utilizada somente em momentos oportunos e nunca por simples curiosidade ou interesse particular. O entusiasmo que toma conta de alguns novatos pode levá-los a ficar sob a influência de Espíritos mistificadores. É conveniente que o médium ou a equipa de médiuns tenham dias e horários especificados para realizar os seus trabalhos mediúnicos. Isso facilitará o recolhimento e proporcionará aos Espíritos comunicantes melhores disposições para as manifestações.
As mensagens destinadas ao grupo ou que sejam de interesse geral devem ser divulgadas para que os ensinamentos dos Espíritos se tornem conhecidos. Os Espíritos amigos costumam afastar-se dos médiuns que não revelam as lições por eles transmitidas e os deixam entregues a entidades mistificadoras.
Texto de Allan Kardec - Revista Espírita, abril, 1864
“Sabe-se que os Espíritos, por força da diferença existente nas suas capacidades, estão longe de estar individualmente na posse de toda a verdade; que nem a todos é dado penetrar em certos mistérios; que o seu saber é proporcional à sua depuração; que os Espíritos vulgares não sabem mais que os homens e até menos que certos homens; que entre eles, como entre estes, há presunçosos e pseudossábios, que creem saber o que não sabem, sistemáticos que tomam as suas ideias como verdades; enfim, que os Espíritos de ordem mais elevada, os que estão completamente desmaterializados, são os únicos despojados das ideias e preconceitos terrenos. Mas sabe-se, também, que os Espíritos enganadores não têm escrúpulos em se esconder sob nomes de empréstimo, para fazerem aceitas suas utopias. Disso resulta que, para tudo o quanto esteja fora do ensino exclusivamente moral, as revelações que cada um pode obter têm um caráter individual, sem autenticidade; que devem ser consideradas como opiniões pessoais de tal ou”. Qual Espírito, e que seria imprudente aceitá-las e promulgá-las levianamente como verdades absolutas".
"O primeiro controlo é, sem contradita, o da razão, ao qual é necessário submeter, sem exceção, tudo o que vem dos Espíritos. Toda teoria em contradição manifesta com o bom senso, com uma lógica rigorosa, e com os dados positivos que possuímos, por mais respeitável que seja o nome que se assine, deve ser rejeitada".
"Todo efeito tem uma causa. Todo efeito inteligente tem uma causa inteligente. O poder da causa inteligente está na razão da grandeza do efeito"

Allan Kardec
(Publicado na comunidade "O CONSOLADOR PROMETIDO" de Balbino Amaral).
 
 

quinta-feira, 9 de maio de 2013

O Espiritismo e as Doenças





- Existe uma patologia da alma?

Emmanuel - Mágoas, ressentimentos, desesperos, atritos e irritações entretecem crises do pensamento, estabelecendo lesões mentais que culminam em processos patológicos, no corpo e na alma, quando não se convertem, de pronto, em pábulo da loucura ou em sombra da morte.

- O Espiritismo pode contribuir para o tratamento das doenças?

Emmanuel - A Doutrina Espírita, expressando o Cristianismo Redivivo, não apenas descortina os panoramas radiantes da imortalidade, ante o grande futuro, mas é igualmente luz para o homem, a clarear-lhe o caminho; desse modo, desempenha função específica no tratamento das doenças que fustigam a Humanidade, por ensinar a medicina da alma, em bases no amor construtivo e reedificante.

Nas trilhas da experiência terrestre, realmente, a cada trecho, surpreendemos desequilíbrios, a se exprimirem por enfermidades individuais ou coletivas.

- Como funcionam os ensinamentos espíritas na cura dos males que infelicitam as criaturas humanas?

Emmanuel - Os ensinamentos espíritas, despertando a mente para a necessidade do trabalho e do estudo espontâneo, preparam a criatura em qualquer situação, para a obra do aperfeiçoamento próprio e desvelando a continuidade da vida, para lá da morte, patenteiam ao raciocínio de cada um que a individualidade não encontrará, além-túmulo, qualquer prerrogativa e sim a felicidade ou o infortúnio que construiu para si mesma, através daquilo que fez aos semelhantes.

- Em que fórmulas essenciais se baseiam a terapêutica espírita?

Emmanuel - Com os ensinamentos espíritas aprendemos que os atos de bondade, ainda os mais apagados e pequeninos, são plantações de alegrias eternas e que o perdão incondicional das ofensas é a fórmula santificante para supressão da dor e renovação do destino.

- A caridade pode auxiliar nas curas dos males humanos?

Emmanuel - Fácil verificar, assim, que a Doutrina Espírita encerra a filosofia do pensamento reto, por agente preservativo da saúde moral, e consubstancia a religião natural do bem, cujas manifestações definem a caridade por terapêutica de alívio e correção de todos os males que afligem a existência.

- Quais são os medicamentos do espírito?

Emmanuel - Nas atividades espíritas, colhemos do magnetismo sublimados benefícios imediatos, seja no clima do passe, sob o influxo da oração, ou no culto sistemático doEvangelho no lar, por intermédio dos quais, benfeitores e amigos desencarnados nos reequilibram as forças, através da inspiração elevada, apaziguando-nos os pensamentos, ou se valem de recursos mediúnicos esparsos no ambiente, a fim de nos propiciarem socorro à alma aflita ou às energias exaustas.

Se abraçastes, pois, a Doutrina Espírita, perlustra-lhes os ensinos e compreenderás que a humildade e a benevolência, o serviço e a abnegação, a paciência e a esperança, a solidariedade e o otimismo são medicamentos do Espírito, transformando lutas em lições e dificuldades em bênçãos, porque no fundo de cada esclarecimento e de cada mensagem consoladora, que te fluem da inspiração, ouvirás a palavra do Cristo: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.


Do livro “Leis Do Amor”
Pelo Espírito Emmanuel
Psicografia: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira




(Publicado na comunidade do facebook "O Consolador Prometido" de Balbino Amaral).



sexta-feira, 3 de maio de 2013

Palestra - Estevão Camolesi






Amigos, não percam nesta quarta-feira,

(08/05/2013 às 20:00 hs),

em nossa casa, uma maravilhosa palestra

do orador espírita

ESTEVÃO CAMOLESI.




CENTRO ESPÍRITA LUIZA DE ABREU ANDRADE







quinta-feira, 2 de maio de 2013

20 EXERCÍCIOS PARA A REFORMA ÍNTIMA




1. Executar alegremente as próprias obrigações.

2. Silenciar diante da ofensa.

3. Esquecer o favor prestado.

4. Exonerar os amigos de qualquer gentileza para conosco.

5. Emudecer a nossa agressividade.

6. Não condenar as opiniões que divergem da nossa.

7. Abolir qualquer pergunta malicisa ou desnecessária.

8. Repetir informações e ensinamentos sem qualquer
 
azedume.

9. Treinar a paciência constante.

10. Ouvir fraternalmente as mágoas dos companheiros sem
 
biografar nossas dores.

11. Buscar sem afetação o meio de ser mais útil.

12. Desculpar sem desculpar-se.

13. Não dizer mal de ninguém.

14. Buscar a melhor parte das pessoas que nos comungam a
 
 experiência.

15. Alegrar-se com a alegria dos outros.

16. Não aborrecer quem trabalha.

17. Ajudar espontaneamente.

18. Respeitar o serviço alheio.

19. Reduzir os problemas particulares.

20. Servir de boa mente quando a enfermidade nos fira.
 


(Francisco Cândido Xavier)